quinta-feira, novembro 08, 2012

Governo admite falhas no ensino médio e estuda mudanças para o setor

Comissão especial de reformulação do ensino médio foi criada com o objetivo de compor projeto
de lei referente ao modelo atual do ensino médio. Primeira audiência pública já foi realizada.


O Secretário de Educação Básica do MEC (Ministério da Educação), César Callegari, admitiu que o ensino médio do País passa por dificuldades que vão desde a formação dos professores até a qualidade do material didático. O anuncio foi feito durante audiência pública realizada na última terça-feira (7). Para o secretário, embora essa etapa do ensino tenha apresentado grandes avanços nos últimos anos – especialmente na questão da ampliação dos índices de acesso –, ainda é necessário melhorar a qualidade. As informações são da Agência Câmara de Notícias.



Callegari afirmou que muitos professores do ensino médio não possuem habilitação específica para a matéria que lecionam, além do déficit de docentes em certas disciplinas. No entanto, o secretário assegurou que o MEC vem adotando medidas de estímulo à formação desses profissionais.

Outra promessa foi quanto à melhora do material didático oferecido aos alunos. De acordo com Callegari isso deve acontecer já a partir de 2013, uma vez que o MEC passará a exigir que os conteúdos teóricos e os exercícios de cada disciplina sejam articulados entre si.

Todas essas mudanças caminham para o modelo proposto pelo Conselho Nacional de Educação, já anunciado pelo MEC, de reunir as atuais 13 disciplinas do ensino médio em apenas quatro grandes áreas. Isso não deve diminuir a carga de estudo dos estudantes ou mesmo a quantidade de disciplinas, de acordo com o secretário.

Além disso, a audiência também teve como objetivo discutir a intenção do MEC de substituir a Prova Brasil pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para o cálculo do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). A justificativa é que o exame atual é feito de forma amostral. Em 2011, por exemplo, foram apenas 70 mil inscritos, enquanto 1,5 milhão de estudantes realizaram as provas do Enem.



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